sábado, outubro 21, 2006



INSTANTES

Olho no espelho

e vejo um barco

que navega

entre as estâncias orbitais

lunares mais longínquas.

Tenho estado a observá-lo:

nunca pára e,

quando o faz,

fá-lo num ápice.

Volta ao seu rotineiro navegar

e, incessantemente,

chama, chama, chama...

Já o tentei avisar

que D. Sebastião não navega,

cavalga.

Mas não está ainda,

ao meu alcance.

(laurinda Silva, São João da Madeira)

3 comentários:

Mónica Lice disse...

Parabéns pelo blog! Não conhecia, mas gostei!

o alquimista disse...

Escreves com a elegância dos virtuosos, sentes com a simplicidade dos seres especiais...

Doce beijo

Teresa David disse...

Gostei bastante deste poema.
Um optimo Domingo para ti, e como o dia está cinzento, a convidar a estar na cama, se quiseres passa no meu blog, que vês "a cama desfeita".
Bjs
TD