sábado, agosto 26, 2006



I STO ... PORQUÊ?




Eu quero calar a dor
Mas não consigo!
Tal a intensidade e a força,
Que exerce sobre mim.

Porquê assim?
Um Ser Humano
Aguenta tal coisa,
Porquê?
`A sua volta só destruição e dor.

As águas,
deixaram de ser claras, transparentes,
como raios de sol.
Os peixes, esses,
já definham e apodrecem
Nas vertiginosas e ondulantes correntes.
Os vulcões,
estão a acordar, chorando,
gemendo, soltando torrentes de lava
destruindo tudo na sua passagem.
As árvores,
por sua vez, vão morrendo ás mãos do Homem.
São cortadas, queimadas, reduzidas a cinzas,
sabendo este, que elas são o seu pulmão.

Para quê, fazer tal destruição?
A ecologia somos nós que a criamos,
somos nós que a praticamos.
Não podem ser só meras palavras, mas sim actos!

Para muitos, os Valores Humanos
Deixaram á muito de existir
ou ter interesse.
O Homem olha só para o seu umbigo,
esquecendo tudo o que o rodeia...

E eu continuo a sonhar...
A sonhar...
Que o Ser Humano, pare um minuto,
para pensar
O que quer que seja o seu futuro,
Que fazer pra tal desordem terminar.
È que todos fazemos parte e temos culpa
deste mundo, incensato, obscuro, poluido...

Será utópico o que desejo?
Para as gerações vindouras,
Termos o que nos rodeia com vida?
Creio que não.

Vamos criar mentes positivas
Cheias de pensamentos, claros, transparentes
Sem maldades ou segundas intenções.
Vamos rejuvenescer a Vida
para que possa ser vivida, em pleno.





REFLEXOS DO TEJO
O sol vai rompendo devagarinho. Por entre os frondosos salgueirais, o nosso Tejo desliza de mansinho.
Rio com vida, ora calmo, ora traiçoeiro, que rege a vida do homem ribatejano.
Os pássaros que coabitam com o rio, patos coloridos, alfaiates, garças, vão sacudindo as asitas, como que a dizer - bom dia, chegámos - !
Que momento mágico, os chilrear dos pássaros no início da manhã orvalhada, sentindo-se o despertar da Mãe Natureza!
Sobre a lezíria, com os seus campos da borda d`água, tudo se altera e vai ganhando vida vida e movimento.
O sol, esse, vai-se reflectindo, aquecendo e iluminando, todo s os locais por onde passa em todo o seu explendor.
o homem, cujo trabalho não lhe morre nas mãos, vai deitando as sementes á terra, de onde mais tarde irá recolher o seu sustento e de todad a família.
É assim o nosso Ribatejo, onde tudo se conjuga em harmonia: terra, homens, trabalho e animais.
Vou caminhando em jeito de passeio, numa antiga "pasteleira" de meu pai , pela estrada fora que vai dar ao Patacão . Ao longe já se avista a pequena aldeia palafita outrora habitada por famílias de pescadores vindos da Vieira de Leiria e que por cá ficaram e criaram raízes, onde já nasceram os filhos que vão dando continuidade á sua descendência ao longo de gerações.
Com o passar dos anos, as famílias foram-se mudando para a Vila de Alpiarça, deixando para tráz a aldeia e a pesca, iniciando depois uma vida totalmente dedicada á agricultura.
Eles foram: os Branhas, os Fernandes, os Pelarigos, os Grilos, os Moreiras...
Lembro-me de meu pai me contar que quando um farco saía para a faina da pescano rio Tejo, assim como para a Vala de Alpiarça, o casal (marido e mulher), trabalhavam em conjunto. Ela remava e ele deitava as redes ao rio, ou vice-versa. Alguns dos seus filhos nasceram dentro dos próprios barcos. Eles tinham que pescar, pois era o seu ganha-pão e sustento da família.
Na manhã do dia seguinte, era vendido nas bancas do mercado municipal. Lá estava a bela fataça, a enguia, o achigã, o barbo, o sável e a carpa, expostos na banca, frescos á espera que alguém passe e compre.
O meu coração bate mais forte, quando falo do nosso querido Ribatejo, suas gentes e tradições.
Sem querer ser saudosista, gosto de lembrar esses tempos em que tudo era tão puro e verdadeiro e que agora já não existem. Fica-nos só a saudade...

quarta-feira, agosto 23, 2006




PALAVRAS DE AMOR

Ai o Amor...
O Amor é encontrar a Alma Gémea,
E voar com ela ao infinito como um só Ser.
O Amor acontece quando,
À beira do rio, os salgueiros beijam as águas,
Que deslizam até ao mar de mansinho,
Abraçando e envolvendo a Lezíria verdejante.

O Amor...
O Amor quando vem,
Faz o coração bater mais forte.
Faz-nos sentir crianças, onde sonhar é sempre permitido.
Que doçura tem o amor, quando encontra a Lua.
E brilha, brilha, brilha e deixa beijar-se com ternura,
Pelos seus raios resplandecentes.

O Amor...
Se aparece um arco – íris no Céu,
É sinal que em qualquer parte do nosso Planeta,
Ainda existe alguém que ama de verdade,
E reparte o seu Amor pelo Próximo.
O Amor,
É dar colo a uma criança, dar afago, dar carinho e sorrir.

O Amor...
É como uma flor na manhã clara,
Que abre as suas pétalas,
Para receber o orvalho da madrugada,
Onde os pássaros vêm beber.
O Amor quando surge, não pede licença para entrar,
E vai ocupando o espaço de cada coração apaixonado.

Todo o tipo de Amor é sublime.
O meu Amor por ti é o mais puro,
Que a minha Alma tem para te oferecer, para sempre!
As palavras de Amor...
O meu Amor...
O nosso Amor...
O Amor...


INSTANTE

Um...
Instante...
Um instante...
Por um instante, eu Sonhei.
Por um instante, fui feliz e Sorri.
Por um instante, fui pássaro.
Por um instante, voei para Longe.
Por um instante, fui um Ser de Luz,
E permaneci aí.
Por um instante fui...
E deixei de Existir.
Por um instante, quis viajar no Tempo.
E encontrei-me no Primeiro Século.
Por um instante, estive num imenso Jardim.
E desfrutei de mil e um Aromas.
Por um instante, encontrei-me a Meditar.
E dei por mim, numa outra Dimensão.
Por um instante, decidi Ficar.
E colhi saudades do meu Eu.
Só por um instante...
Um instante...
Instante...
Um...

Paul dos Patudos

terça-feira, agosto 22, 2006


Esta foto foi tirada pelo Vitor Lopes, no Paúl dos Patudos em Alpiarça

Esta foto foi tirada pelo Vitor Lopes, no Paúl dos Patudos em Alpiarça

segunda-feira, agosto 21, 2006

Esta é uma das minhas flores favoritas