sexta-feira, março 20, 2009

POESIA DE FERNANDO PESSOA, DECLAMADA.

POESIA DE NERUDA, CANTADA.

21 DE MARÇO / DIA MUNDIAL DA POESIA







se um dia eu não souber dizer o teu nome

se um dia eu o esquecer

e a saliva se cristalizar no zelo

se um dia eu não te achar

e no entanto te procurar

com desespero

um dia e tu não estiveres

se um dia a minha boca não alargar

e as minhas mãos não se fecharem

e abanarem

se um dia eu me sentar no pó

e o pó se sentar em cima de mim

e eu arquejar

se um dia eu deixar de esperar não sei bem o quê

e me quedar à espera de que a espera acabe

um dia as palavras me atravessem e

eu já não souber a beleza delas

e o perfume

se um dia tudo o que for for

a mais

e o resto

e dizer não seja justificar

se um dia eu voltar a ler isto

e isto tiver um sentido

se num dia eu fechar os olhos e ao fechar

os olhos o teu rosto

não

não aparecer definido

definitivo

e ao pestanejar

a sucessão de imagens for

alternante de preto com preto

preto



preto

se um dia a noite seja de pedra

for os meus olhos camuflados então

sólidos

liquefeitos

se um dia as lágrimas correrem devagar

e secarem no caminho e

cavarem fendas

e

a minha pele seja de água

e dos pulmões não nascerem guelras

e sufocar

se do fundo

se no fundo

fundo

bem lá no fundo

eu

um dia

não te souber nomear

vou fechar os olhos gritar

Amor

e esperar que

onde estiveres

reconheças

o nome que te escolhi muito antes de nasceres

quando eu era aquela parte

que arrancaram de ti

e tu



eras a amante de narciso


Autor: João Moita ( poeta alpiarcense)

quarta-feira, março 18, 2009

segunda-feira, março 16, 2009

PARA RECORDAR / O GRUPO CÉNICO DA S.F.A 1º DEZEMBRO - ALPIARÇA EM 1954
(Devem ampliar para conseguir ler melhor)





Cartaz gentilmente cedido pelo Senhor Leocádio do Vale, assim como os estatutos manuscritos, pelos quais se regiam o Grupo de Teatro da Sociedade Filarmónica Alpiarcense 1º de Dezembro em 1954, para memória futura. Algumas pessoas cujas assinaturas aqui estão, já faleceram.Obrigado Sr. Leocádio, mais uma vez, por este seu gesto de amizade. Viva o Teatro Amador em Portugal! VIVA!