sábado, outubro 03, 2009

Não há dúvida nenhuma que o Outono é a estação do ano pela qual tenho uma certa paixão. Pelas suas cores, pelos seus cheiros, pelas primeiras chuvas que caiem na terra, deixando um cheiro no ar, indescrítivel.Encho o peito de ar , inspirando esses aromas tão próprios deste solstício. Aqui no Ribatejo, mais propriamente em Alpiarça, é o tempo das colheitas, desde o final de Agosto.
Primeiro foi a apanha da melância e do melão,o tomate veio depois deixando um cheiro forte no ar tão característico. De seguida,já em Setembro, segue-se a colheita dos campos de milho a perder de vista, nos tons da terra e de um amarelo lindo de morrer (no bom sentido, é claro).Por fim seguem-se as uvas que transformadas, dão o tão apreciado nectar , para acompanhar boas refeições.
Quando se passa nas estradas de campo, solta-se o aroma das uvas vindo das cestas de vindima, colhidas por homens e mulheres que fazem a lida do campo, apesar da dureza do trabalho, um momento de alegria e confraternização.Cruzam-se nas estradas os tractores carregados de latões apinhados de belas uvas. A caminho das adegas, são despejados nos patamares, onde os seus bagos são esmagados, daí nascendo futuramente o tão apreciado vinho do Ribatejo, em especial os seus tintos, encorpados que nos deixam os lábios de um tom vermelho / púrpura, delicioso e forte.
A minha terras também tem coisas menos boas e tristes, como todas as terras deste país, mas existem locais próprios, os média e blogues, para se falar, debater e escrever.
Aqui, no Paúl dos Patudos, se enaltece essencialmente as coisas boas da vida, porque de desgraças estamos nós fartos. Interessa sim dar enfase ao lado positivo do ser humano e da vida, nunca deixando de reparar e falar, de outras coisas, nos tais sítios próprios.
É assim a minha terra e as suas gentes.
Gentes firmes,terras férteis, aromas fortes / Alpiarça - Ribatejo










Ana Paula
(as fotos são minhas e o texto também)

quinta-feira, outubro 01, 2009

par de maçãs



e dezenas de maçãs


árvore de cidreira


passeio matinal


folha de anoneira


árvore de anônas


hibísco


árvore do Jardim da República em Santarém


domingo, setembro 27, 2009

E DEPOIS DO ADEUS - PAULO DE CARVALHO (uma nova esperança renasce...)
SAMUEL - CARLOS ALBERTO MONIZ - PEDRO OSÓRIO / S.A.R.L.

FERNANDO TORDO - CAVALO À SOLTA DE ARY DOS SANTOS

Cavalo à solta

Minha laranja amarga e doce
meu poema
feito de gomos de saudade
minha pena
pesada e leve
secreta e pura
minha passagem para o breve breve
instante da loucura.
Minha ousadia
meu galope
minha rédea
meu potro doido
minha chama
minha réstia
de luz intensa
de voz aberta
minha denúncia do que pensa
do que sente a gente certa.

Em ti respiro
em ti eu provo
por ti consigo
esta força que de novo
em ti persigo
em ti percorro
cavalo à solta
pela margem do teu corpo.
Minha alegria
minha amargura
minha coragem de correr contra a ternura.
Por isso digo
canção castigo
amêndoa travo corpo alma amante amigo
por isso canto
por isso digo
alpendre casa cama arca do meu trigo.
Meu desafio
minha aventura
minha coragem de correr contra a ternura.
Meu desafio
minha aventura
minha coragem de correr contra a ternura.
Autor:
José Carlos Ary dos Santos