segunda-feira, maio 19, 2008

CHUVA

No mundo das imagens destruídas,
das escritas desacreditadas
a chuva marca as fachadas
com sinais unívocos:
Olha as minhas obras, húmidas e
alegres: espalhando
podridão que é vida.
De água destilada nada
nasce: a pureza
é estéril.
Observa a chuva: cada gota
é verdadeira.
(foto tirada da net)
(poesia de :Gunter Kunert)