sábado, março 10, 2007

O dia amanheceu solarengo, quente e luminoso.
Após o almoço, deu-me uma vontade enorme de passear e aproveitar ao máximo o dia primaveril , para recarregar energias.
Enquanto muita gente "pensa" que recarregar energias é ir ao shopping ou aos centros comerciais, eu , vou para o campo, pois é lá que se respira ar puro, que se vêm animais e plantas, enfim, temos contacto directo com o que há de melhor: a Natureza.
Fui á Reserva Natural do Cavalo do Sorraia, aqui em Alpiarça. Mas esta Reserva não tem só cavalos, como poderão ver...




Logo á entrada e á nossa frente, estende-se um tapete de margaridas
( ou serão camomilas?), a dar-nos as boas vindas...




Depois surgiu esta flor linda e pequenina , da qual não sei o nome...




Aqui existem gaiolões com aves exóticas e outras mais...



Eis quando me preparava para fotografar uma flor, quase pisei esta bonita cobra, que dormitava ao calor dos raios de sol, nem se mexeu de onde estava. Confunde-se com o espaço que a rodeia, usado para camuflagem...

Depois da amiga cobra, lá fotografei a tal flor que queria...


Este vaidoso pavão deu-me algum trabalho, pois não queria ser fotografado e fugia de mim como o gato e o rato...



Olá , prazer em conhecê-los. Eu sou o poldro mais novo da família Sorraia...




Eu e aqui o meu amigo andamos na pastagem a comer uma ervinhas viçosas e fresquinhas...




Que rica vida nós levamos por aqui. Comer, dormir e passear...




Rasgando o verde...

Eu sou o galo-vermelho-da-floresta ou o galo-bankiva. Estou a qui a habitar na Reserva do Sorraia, mas sou uma espécie de galo da selva, que pertence á família dos faisões e que existe nas regiões do Sudoeste Asiático. Sou considerado o antepassado das galinhas vulgares ...





Veio cumprimentar-me ... zurrando





Seguindo depois para a pastagem...



Hummm, que frescas e apetitosas...



Por aqui a Macela ( Anthemis nobilis), faz a sua aparição






Eu sou da família da avestruz...




Já me conhecem, sou o galo-bankiva.Se me aborrecem, emito gritos roucos e irritados.




Macelas ao vento e ao sol...


Verdes são os campos,
da cor do limão,
Assim são os olhos ,
do meu coração.
Campo que te estendes
com verdura bela,
Ovelhas que nela,
vosso pasto tendes.
De ervas vos mantendes ,
que trás o verão,
E eu das lembranças ,
do meu coração.
Gado que pasceis
com contentamento,
Vosso mantimento
Não no entendeis;
Isso que comeis
não são ervas não:
São graças dos olhos
do meu coração.
poema de :Luis Vaz de Camões
E assim termino a minha tarde de sábado , carregadinha de energias novas , para enfrentar mais uma semana que se avizinha.
Fiquem bem
Ana Paula

6 comentários:

Luis Eme disse...

Que reportagem apetitosa...

Kalinka disse...

Apetece-me sentar-me no parapeito da janela e olhar o céu em silêncio, contemplar as estrelas, sentir-me envolvida pela luz da lua.
Apetece-me embrulhar-me num cobertor e chorar até que as forças me faltem, deitar toda a dor, mágoa, tristeza, desilusão, arrependimento, amargura, medo, tristeza…

Palavras para quê…???
Estou de férias…vou tentar «estar» muito bem.
Beijokas.
Bom domingo.

Gostei da forma como decidiste passar esse dia já primaveril.

Maria Carvalho disse...

Excelente o teu post! Fotografias deliciosas, que me transportaram onde tu estiveste! Adorei a visita. Beijos.

Moura disse...

Esteve realmente um dia muito bonito por esses lados...eu e o meu clube de Arqueologia confirmam, pois andámos por Alpiarça, Santarém e Golegã!
Ao ver esta reportagem fico com pena de não ter dado um pulo a este paraíso recheado de belos animais (adorei a cobra).
Mas o dia tem poucas horas...
Bjo

Maria disse...

Bela forma de "carregar baterias" para a semana que vai entrar...

Beijo

avelana disse...

lindissimo...finalizando da melhor forma com o poema de Camões!!