domingo, janeiro 20, 2008


"O PREÇO DE SER MULHER"


Contam-nos que cerca de 4 milhões de mulheres foram torturadas e mortas pela “Santa Inquisição”, instituição da Igreja Católica, com a finalidade de reprimir a heresia. Esse momento da história da humanidade se equipara a um holocausto, com motivos diferentes.

A mulher que demonstrasse amor aos animais e cultivasse plantas medicinais era considerada bruxa, sendo presa, torturada e queimada como pagã. Tanto o Catolicismo como o Islamismo, o Judaísmo e o Budismo consideravam a mulher como uma ajudante do papel masculino ou seja, cuidar da família (casa, filhos e marido) e mais nada. A expressão feminina era proibida, como se fosse algo errado ou até demoníaco.

Mas tivemos culturas como a egípcia, a celta e a da suméria que respeitavam o papel feminino e até o reverenciava. O que foi que aconteceu para essa brutal mudança?
Bem, os homens da época precisavam fazer desacreditar o poder feminino. As mulheres por não cultivarem o EGO estavam mais sintonizadas com a real natureza de sua essência, portanto, com uma capacidade psíquica mais evidenciada e uma percepção da vida melhor. Enquanto o EGO masculino crescia e era cultivado, associado à negação do seu próprio lado feminino, a mulher identificava-se menos com a mente, tornando-se assim unificada com o Todo. O homem da época via isso como uma ameaça ao seu poder. E assim iniciou-se a guerra dos sexos.

Com o tempo, as mulheres para sobreviverem passaram a suprimir o seu lado feminino, o que causou muita dor, na época (e ainda hoje). Até Deus foi definido com expressão masculina, o que é um grande equívoco. O Todo não tem expressão fragmentada.

Somos empurrados pelo julgamento do bem e do mal. Qualificamos coisas e pessoas de boas e más. Estamos presos ao pensamento e eles conduz-nos equivocadamente às dicotomias e dualidades. Tudo o que está à nossa volta conduz-nos a esse princípio. Basta dar uma boa olhada ao redor que estaremos a exercer a força do pensamento. E é aí que mora o perigo. O pensamento é limitado – a consciência não. E o que vem a ser a consciência? É a ligação verdadeira com o CRIADOR, com o TODO. Estar consciente é estar UNO. Não há margem de erro, pois vemos o facto sem julgá-lo, sem nos desequilibrar-mos. O desequilíbrio é proveniente de nosso “particular pensamento” que por sua vez é regido pelo sistema de crenças vigente, pela educação que tivemos e pelos nossos medos, ansiedades, complexos (corpo de dor) etc. Conduzir a nossa vida pelo pensamento é como entregar um carro potente na mão de uma criança. O pensamento constrói e fortalece o EGO. A consciência é imparcial, segura, e vive no agora.

Todos os que depositam as suas fichas no pensamento – e basta dar uma vista de olhos na vida de muitos homens que se orgulharam por viverem sob a custódia apenas do seu pensamento – que veremos histórias de pessoas atormentadas, deprimidas, isoladas, desesperançadas.

As mulheres que seguiram as mesmas receitas também ficaram assim. Perderam a Paz!

Muitos diriam que se não fossem essas pessoas chamadas de “pensadores da humanidade”, não teríamos avançado tanto…Mas eu pergunto:



- “Avançado exactamente para onde?” O que eu vejo em termos gerais é um grande e eminente desastre estrutural da humanidade. Os ditos avanços foram engolidos pelos motivos escusos por detrás deles. A Humanidade está a cavar o seu próprio buraco e não somos exemplo de nada para um desavisado extraterrestre que vem visita-nosr pela primeira vez. Com certeza, eles devem assustar-se com tamanho atraso.

Mas tudo começou porque decidimos pelo EGO e não pela CONSCIÊNCIA. O mesmo EGO que acredita na verdade imposta pelo sistema, na escravidão da moda, no consumismo, na máxima do “sucesso a qualquer custo” etc.••As mulheres tem um papel fundamental na esperança da mudança. Primeiro, não temer a sua porção feminina e ensinar aos seus filhos homens e mulheres a UNIDADE. Não julgar, deixar a vida fluir e desapega-se. Podemos construir uma vida saudável, próspera e amorosa, sem precisar-mos usar a receita do EGO, ao qual o homem ainda está preso.

Faremos com isso o nosso melhor papel que é o de verdadeiramente
SER.


Por. Vera Ghimmel
“somos todos um”
(foto tirada da net)

4 comentários:

Claudia Sousa Dias disse...

Eu acredito que esse é um dos motivos pelos quais estão agora a surgir seitas que tentam reinstaurar cultos antigos, disgfarçadas de centrode estudo para o autoconhecimento ou antropologia gnóstica que não tem qualquer validade científica - nem ensinam nada de antropologia ou filofofia ou psicologia, ou hitóriaencontrando terreno fértil em pessoas que entendem pouco do assunto e em situações traumáticas...

CSD

Bloga Comigo disse...

Talvez tenha vindo para ficar se quiseres blogar comigo. Eu quero blogar contigo.
Bjos

Joaquim Moedas Duarte disse...

Olá, Ana!

Sempre interventiva!
Gostei do que li e vi. Obrigado
Abraço conterrâneo!

Luis Eme disse...

Ser mulher é "fogo"!

Abraço Ana Paula