domingo, agosto 27, 2006


ADEUS TRISTEZA



Já nada me inspira,
Já nada me atrai,
Senão o desalento da vida,
Que me vai destruindo cada vez mais.

Na minh`alma vai o brilho expirando,
Os sonhos, esses vão definhando,
Porquê se eu vivia na esperança,
De um dia alcançar a felicidade.

Oh, mas que trágico engano,
Pensara eu que o mundo era belo e brando,
E da beleza eu ia renascendo,
Prá vida, que pensara já não existir.

Procuro na escuridão do meu quarto,
A Paz de que tanto necessito,
Mas na minha mentevão desfilando,
Imagens irreais, turbulentas, como um grito.

O descanso que era para ser, já não é.
Pois a mente não pára um só instante,
De lutar contra os intrusos, que á viva força,
Querem entrar em mim, mas de rompante.

Intrusos esses que se chamam,
Angústia, mágoa, dor e pranto,
Choro... E as lágrimas que correm,
Em cascata e dasalinho, vão secando.

Á minha dor, vem juntar-se o desepero,
Cuja mente vazia já está em branco.
Ah, como eu gostava de voltar a ser criança!
E começar a viver de novo, mas diferente!

Lábios que outrora sorriam, já não o fazem.
Congelaram como se de um glaciar se trata-se
Mas eis que surge uma luzinha,
Bem lá no fundo... É a Minha!

Socorro Mãe Natureza, vem até mim.
Estendei-me a mão de que preciso,
Para voltar á vida, pra sorrir
E ainda sentir que estou viva.

Eu necessito do canto dos pássaros,
Do ruído dos rios que correm,
mansamente para o mar,
E das vozes das crianças, puras, livres a brincar

De tudo o que é brilhante, animado, sorridente,
Desde o Sol, a Lua,o Mar e o vento a soprar,
As Etrelas e o Firmamento.
De tudo isto necessito
Pra viver intensamente!



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